sábado, 11 de maio de 2013

Quem é culpado pelo caos histórico?




AMC admite falha na operação do show de Paul, mas atribui parte da responsabilidade à organização do evento.
   
A menos de 40 dias da Copa das Confederações, na Capital, a pergunta é: de quem foi a culpa? A situação se repetirá?

Que foi difícil o acesso ao show de Paul McCartney, em Fortaleza, todo mundo já sabe. O caso acabou repercutindo tanto quanto a própria apresentação do britânico, tendo sido comentado até na imprensa nacional. A situação chamou atenção da população e, a menos de 40 dias da Copa das Confederações, na Capital, a pergunta é: de quem foi a culpa? A situação se repetirá?

A 40 dias da Copa das Confederações, as obras no entorno do Castelão parecem estar longe de serem concluídas. Mas a Secopa-Fort garante que a intervenção está 75% pronta e que tudo será finalizado até dia 15 de junho Foto: Natinho rodrigues
Para muitos, o ocorrido da última quinta-feira é, de fato, uma prévia do que acontecerá no grande evento esportivo do próximo mês. No dia 19 de junho, por exemplo, a Arena Castelão deve receber cerca de 60 mil pessoas para o jogo Brasil e México. Além desse embate, mais dois jogos estão marcados para a capital cearense.

"A sensação que tive é que uma festa particular se apropriou de toda a Cidade, pois grande parte de Fortaleza estava intransitável. O horário de pico, associado às obras do entorno da Arena Castelão e à falta de mobilidade geraram todo o caos", desabafou o advogado Jairo Pontes a respeito dos problemas da última quinta-feira.

Responsabilidades
A Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), que disponibilizou 200 agentes para auxílio do tráfego ao show de Paul McCartney, reconhece que houve falhas na realização dos procedimentos, mas atribui parte da responsabilidade à organização do evento. "Nós nos dedicamos a essa operação, mas a organização do evento falhou", argumenta o chefe do Núcleo de Trânsito da AMC, Arcelino Lima.

O órgão cita que no planejamento havia transfers, que fariam o deslocamento do público do estacionamento para o estádio, o que não aconteceu. O esquema previa, ainda, bloqueios em trechos das avenidas Alberto Craveiro e Paulino Rocha, onde só seria permitida a passagem de veículos credenciados, moradores com comprovante de endereço, vans e ônibus para quem iria parar nos quatro bolsões de estacionamento e táxis com passageiros, o que também não ocorreu.

Para Arcelino, faltou sincronismo entre a AMC e a organização, que teria ficado responsável pela instalação de placas de informação e outros serviços programados. Segundo diz, essa falha na execução modificou toda a programação acordada entre as partes, gerando, assim, o problema. "O atraso da abertura dos portões também dificultou o acesso. As pessoas que chegavam acabavam atrapalhando as que estavam tentando chegar ao local", acrescenta.

Contudo, o titular da Secretaria Extraordinária da Copa (SecopaFor), Domingos Neto, garante que os transtornos não se repetirão. Segundo ele, as obras de acesso ao Estádio que iniciam na Avenida Alberto Craveiro e seguem até a rotatória do Castelão estão 75% concluídas.

Ele afirma que tudo estará concluído até 15 de junho e será feito um planejamento antecipado para garantir as vias de acesso ao Estádio. O projeto deve ser apresentado à população até a primeira semana de junho.

Ainda conforme Domingos Neto, a SecopaFor esteve reunida, ontem, com a AMC, a Empresa de Transportes Urbanos de Fortaleza (Etufor), Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e a comissão da Fifa, para tratar da mobilidade urbana na Copa das Confederações. Durante o encontro, foi colocado em pauta as dificuldades de acesso ao show realizado na Arena Castelão.

"A nossa ideia é reforçar a sinalização, disponibilizar transporte público, ônibus executivos e gerar bolsões de estacionamento em torno do Castelão. A parte mais complicada já passou, que eram as desapropriações, remanejamento de esgotos e energia, portanto, estamos na parte mais fácil, que é a pavimentação. Garanto que tudo será entregue antes da Copa das Confederações".

Alvará
O promotor de Justiça Gilvan Melo, coordenador do Núcleo de Atuação Especial de Controle, Fiscalização e Acompanhamento de Políticas de Trânsito (Naetran), afirma que, para um evento desse porte ocorrer, a empresa responsável precisa de um alvará da Prefeitura. Portanto, destaca que toda a responsabilidade pela mobilidade e indicação das vias de acesso é dos órgãos de trânsito da Capital e não da organizadora do show.

A reportagem tentou diversos contatos com a produtora do evento, mas não obteve sucesso.

Com informações do Diário do Nordeste On Line


KARLA CAMILA / RENATO BEZERRAREPÓRTER / ESPECIAL PARA CIDAD

FONTE:

 

Silézia Franklin de Souza ...Para completar, fecharam de última hora a Av. Paulino Rocha, já com muuuuuitos carros "engarrafados", para dar passagem apenas aos carros "oficiais". O estacionamento terceirizado "EASY PARK", para o qual as pessoas pagaram R$20,00 antecipados, no final ficou quase vazio, pois os portões de acesso do povo ao Castelão não foram abertos na hora prevista e a multidão que ia chegando de todos os lados se amontoou, claro, no entorno, não permitindo a passagem dos carros, os quais também se aglomeraram. Para completar, desmancharam-se logo cedo as barreiras que dariam acesso apenas aos carros adesivados e todos os carros passaram (os que conseguiam chegar até lá), ficando tudo amontoado. Os ônibus que levariam as pessoas que estacionavam distante não funcionaram. Deram a primeira viagem e não retornaram, devido à falta de acesso. As filas se formaram, intermináveis, impedindo a entrada do tal estacionamento. Paralela à Av. Alberto Craveiro havia uma via totalmente livre, a qual não tinha acesso, a não ser, descendo os barrancos de areia. Alguns carros tentaram e chegaram próximo ao Castelão, estacionando em outros locais, pagando caro, alguns por duas vezes, pois estavam adesivados. Outros, atolaram na lama, ficando ali mesmo e perderam o show. Aquela rua paralela deveria ter sido aberta, mas não foi... Finalmente, pessoas de todas as idades correndo atrasadas e desesperadas, pessoas nas filas enormes com os pés na lama, ninguém para informar nada. Um caos. Fui de carro próprio, adesivado, só conseguindo chegar porque saí de casa às 15 horas. Mas ainda "engarrafei" a partir do pequeno viaduto na descida para o aeroporto, início da Alberto Craveiro. Consegui colocar no tal estacionamento às 18 horas. Sorte que estava com o CD dos Beatles no carro e lá, esperei até às 21 horas. Finalmente, dirigi-me à entrada e pasmem, comprei uma garrafinha d'agua e um pacote de batatas fritas que me foram tomados por um segurança na portaria. Mas logo ao passar na catraca havia, dentro do Castelão, uma lanchonete que anunciava água, refrigerante, batata em saco, cachorro quente e sanduiche natural... caríssimos. Quer dizer, tomavam as nossas garrafinhas na catraca para que a gente comprasse novamente na lanchonete. Uma verdadeira falta de vergonha desse povinho ganancioso e uma verdadeira falta de reação da nossa parte, pois deixamos tudo "por isso mesmo" e fazemos de tudo uma piada. Um evento desse porte merecia toda a atenção daqueles que brigam, roubam e vendem votos para nos representar e por fim, não fazem valer os nossos direitos, E estão aí, rindo, zombando da população, usufruindo de forma vergonhosa do poder, aboletados nos carros oficiais guardados por policiais, quebrando todas as barreias... às nossas custas. Vamos reagir, criticar, reivindicar, divulgar. Usar as redes sociais para isso, mesmo a revelia de quem diz que o FB é para desocupados. Nada disso. O FB, inevitavelmente está aqui, para o nosso acesso livre e para o terror daqueles que sabem que ele é agora um mecanismo de denúncias das nossas insatisfações e que desmascara os corruptos e safados privilegiados por conta da ingenuidade e bom humor dos cearenses.
 
 
Mairton Josino Mendes O problema do Brasil é o Brasileiro !!!
Definitivamente, constatei que a corrupção está no DNA do Brasileiro...
Um evento de grande porte como o show do Paul McCartney no Arena Castelão fez com que a cidade de Fortaleza estampasse as capas de jornais f
alando em Caos... mas Caos é pouco com o que fazem com o dinheiro público... no entorno do estádio muita lama e esgoto a céu aberto uma total falha da autarquia municipal de transito ao fecharem algumas ruas e o pior... os Taxistas, não existia táxis disponíveis pelo menos em um raio de 5Km do estádio... Muita gente querendo voltar pra casa e preocupado com a violência urbana e simplesmente ficava na eminencia de ser assaltado pois os táxis não faziam alguma viagem a não ser os que já estavam certos com algumas pessoas, cheguei a ver uma senhora de Manaus já com certa idade chegar no viaduto do Makro e perguntar para o policial como poderia fazer para chegar ao hotel e o policial disse que ela teria que ir a pé ao aeroporto e lá pegar um táxi, e é aí que entra o absurdo... NENHUM, eu disse Nenhum taxi estava fazendo algum percurso com o taximetro ligado... pequenos trechos a taxa minima era de R$100,00, aí em uma situação em que em um evento desses um dos mais beneficiados é a rede de transportes da cidade pois eles poderiam lucrar muito já em bandeira 2 fazendo várias viagens não... é o velho "jeitinho brasileiro"....
O que mais se ouvia era "IMAGINA NA COPA"... Mas não se preocupem brasileiros, teremos uma linda copa do mundo... e tudo vai estar pronto... porque mesmo que tenhamos obras inacabadas faltando 1 ou 2 meses pra copa os nossos representantes vão conseguir um recurso especial da P* que o pariu e tudo ficará pronto a tempo, fazendo com que o orçamento anterior não faça o menor sentido... Não sei por que né... Ninguem sabe pra onde vai esse dinheiro...
Infelizmente tenho que confessar que fiquei com vergonha da minha cidade, pois eu imaginei que esse evento fosse abrir completamente a imagem de Fortaleza a nível de Brasil, só não imaginei que fosse tão negativo. Espero pela Copa do mundo, em casa, talvez no interior assistindo pela TV e não sendo usurpado com os preços absurdos e a maquiagem barata que irão passar na nossa cidade.
Minha sorte: O show valeu muito a pena !

sexta-feira, 10 de maio de 2013

OS GAUCHOS -Por Arnaldo Jabor


O Rio Grande do Sul é como aquele filho que sai muito diferente do resto da família. A gente gosta, mas estranha. O Rio Grande do Sul entrou tarde no mapa do Brasil . Até o começo do século XIX, espanhóis e portugueses ainda se esfolavam para saber quem era o dono da terra gaúcha. Talvez por ter chegado depois, o Estado ficou com um jeito diferente de ser.

Começ
a que diverge no clima: um Brasil onde faz frio e venta, com pinheiros em vez de coqueiros, é tão fora do padrão quanto um Canadá que fosse à praia. Depois, tem a mania de tocar sanfona, que lá no RS chamam de gaita, e de tomar mate em vez de café. Mas o mais original de tudo é a personalidade forte do gaúcho. A gente rigorosa do sul não sabe nada do riso fácil e da fala mansa dos brasileiros do litoral, como cariocas e baianos. Em lugar do calorzinho da praia, o gaúcho tem o vazio e o silêncio do pampa, que precisou ser conquistado à unha dos espanhóis.

Há quem interprete que foi o desamparo diante desses abismos horizontais de espaço que gerou, como reação, o famoso temperamento belicoso dos sulinos.
É uma teoria - mas conta com o precioso aval de um certo Analista de Bagé, personagem de Luis Fernando Veríssimo que recebia seus pacientes de bombacha e esporas, berrando: "Mas que frescura é essa de neurose, tchê?"

Todo gaúcho ama sua terra acima de tudo e está sempre a postos para defendê- la. Mesmo que tenha de pagar o preço em sangue e luta.
Gaúcho que se preze já nasce montado no bagual (cavalo bravo). E, antes de trocar os dentes de leite, já é especialista em dar tiros de laço. Ou seja, saber laçar novilhos à moda gaúcha, que é diferente da jeito americano, porque laço é de couro trançado em vez de corda, e o tamanho da laçada, ou armada, é bem maior, com oito metros de diâmetro, em vez de dois ou três.

Mas por baixo do poncho bate um coração capaz de se emocionar até as lágrimas em uma reunião de um Centro de Tradições Gaúchas, o CTG, criados para preservar os usos e costumes locais. Neles, os durões se derretem: cantam, dançam e até declamam versinhos em honra da garrucha, da erva-mate e outros gauchismos. Um dos poemas prediletos é "Chimarrão", do tradicionalista Glauco Saraiva, que tem estrofes como: "E a cuia, seio moreno/que passa de mão em mão/traduz no meu chimarrão/a velha hospitalidade da gente do meu rincão." (bem, tirando o machismo do seio moreno, passando de mão em mão, até que é bonito).

Esse regionalismo exacerbado costuma criar problemas de imagem para os gaúchos, sempre acusados de se sentir superiores ao resto do País.

Não é verdade - mas poderia ser, a julgar por alguns dados e estatísticas.
O Rio Grande do Sul é possuidor do melhor índice de desenvolvimento humano do Brasil, de acordo com a ONU, do menor índice de analfabetismo do País, segundo o IBGE e o da população mais longeva da América Latina, (tendo Veranópolis a terceira cidade do mundo em longevidade), segundo a Organização Mundial da Saúde. E ainda tem as mulheres mais bonitas do País, segundo a Agência Ford Models. (eu já sabia!!! rss) Além do gaúcho, chamado de machista", qual outro povo que valoriza a mulher a ponto de chamá-la de prenda (que quer dizer algo de muito valor)?
Macanudo, tchê. Ou, como se diz em outra praças: "legal às pampas", uma expressão que, por sinal, veio de lá.

Aos meus amigos gaúchos e não gaúchos, um forte abraço!


Arnaldo Jabor

 

sábado, 4 de maio de 2013

A IMPORTÂNCIA DO CURRICULUM VITAE



A importância do currículo não é segredo para ninguém: é por ele que o recrutador tem o primeiro contato com o candidato e, dependendo do seu conteúdo, pode ou não ser chamado para a próxima etapa do processo seletivo. A vantagem do CV em relação aos formulários em sites de emprego ou consultorias de RH, é que o candidato escolhe as informações que irá ou não citar e, assim, destacar seus pontos fortes. “Você pode decidir quais competências específicas e realizações destacar ou omitir”, explica o psicólogo e coach americano Rob Yeung, no livro Devo dizer a verdade? – E outras 99 perguntas sobre como se sair bem em entrevistas de emprego.

Segundo Yeung, que além de coach também é palestrante internacional especializado em aconselhamento profissional, não existe uma definição de currículo perfeito. Isso porque cada oportunidade de emprego exige um currículo diferente e cada detalhe nesse pedaço de papel deve ser pensado para um objetivo definido. Para não perder pontos com erros triviais, confira abaixo seis dicas essenciais de Yeung para montar um CV infalível!

Novela das nove – A metade da primeira página do currículo é como uma propaganda de horário nobre. É nesse espaço que você deve citar suas principais conquistas e melhores habilidades. Essa tática faz com que o recrutador veja de cara as informações mais importantes, chamando sua atenção para o que você tem de melhor para oferecer a empresa.

Menos é mais – Essa dica não é novidade, mas vale a pena ressaltar. Quando um currículo tem mais de duas páginas, o recrutador entende que o candidato não foi capaz de priorizar as informações mais importantes. Já que você não quer se passar por prolixo, limite seu CV a menos de duas páginas.

Realce – Os recursos de negrito e caixa alta não existem por acaso. Use e abuse deles para destacar palavras-chave ou frases importantes, como por exemplo, a sua formação ou a área em que você tem mais tempo de experiência. Assim, se o recrutador estiver procurando essa informação, com certeza não passará despercebida.

Seja básico – É claro que existem exceções, mas de modo geral, é preferível fugir dos papéis perfumados ou coloridos, fotos em anexo e outros documentos anexados. Esses apetrechos vão chamar a atenção do recrutador, mas pelos motivos errados.

Na medida – Na dúvida, é melhor ser sucinto. No início do currículo, inclua apenas seu nome, endereço, telefones e e-mail profissional (nada de gatinho@querovc.com.br). Dispense informações como idade, estado civil e número de filhos.

O que não colocar – O currículo funciona como um documento de venda para impulsionar você no mercado de trabalho. É como uma propaganda, por isso, nesse primeiro contato com o recrutador, não é preciso incluir demissões e rebaixamentos, condenações criminais, problemas financeiros, doenças no passado, incapacidades que não o impeçam de realizar o trabalho ou problemas anteriores com abuso de substâncias.

 
FONTE: