terça-feira, 27 de agosto de 2013

ENTENDA PORQUE MÉDICOS CUBANOS NÃO SÃO ESCRAVOS!



Especialista em estudos cubanos, o jornalista Hélio Doyle explica por que a remuneração dos profissionais de saúde de Cuba é paga diretamente ao governo de Raúl Castro; em primeiro lugar, porque os médicos, servidores públicos cubanos, estão vindo em missão oficial, e não como pessoas físicas; além disso, na sociedade cubana, é aceita a tese de que os ganhos com a exportação de serviços devem ser compartilhados entre toda a população; situação é análoga à de empresas brasileiras de engenharia que prestam serviços no exterior, onde a remuneração dos engenheiros é paga pelas construtoras, e não pelos governos; artigo é resposta clara à crítica conservadora.




25 de Agosto de 2013 às 18:19

247 - Autor de uma série de artigos sobre a vinda dos médicos cubanos, reunidos no 247 sob o título "O que você precisa saber sobre médicos cubanos" (leia mais aqui), o jornalista Hélio Doyle publicou neste domingo uma resposta clara aos jornalistas e críticos do programa Mais Médicos que apontam escravidão na vinda de profissionais de saúde daquele país. Leia abaixo: 

UM POUCO MAIS SOBRE OS MÉDICOS CUBANOS
Parece que o último argumento contra a contratação dos médicos cubanos é a remuneração que vão receber. Pois é ridículo, quando prevalecem fatos, indicadores internacionais e números, falar mal do sistema de saúde e da qualidade dos médicos de Cuba. A revalidação de diploma também não é argumento, pois os médicos estrangeiros trabalharão em atividades definidas e por tempo determinado, nos termos do programa do governo federal. Não tem o menor sentido, também, dizer que os cubanos não se entenderão com os brasileiros por causa da língua – primeiro, porque vários deles falam o português e o portunhol, segundo porque os médicos cubanos estão acostumados a trabalhar em países em que a lingua falada é o inglês, o francês, o português e dialetos africanos, e nunca isso foi entrave.
Resta, assim, a forma de contratação e, mais uma vez sem medo do ridículo, falam até de trabalho escravo. Essa restrição também não tem procedência, nem por argumentos morais ou éticos (e em boa parte hipócritas), nem com base na legislação brasileira e internacional. Vamos a duas situações hipotéticas, embora ocorram rotineiramente.
1 – Uma empreiteira brasileira é contratada por um governo de país europeu para uma obra. Essa empreiteira vai receber euros por esse trabalho e levar àquele país, por tempo determinado, alguns engenheiros, geólogos, operários especializados e funcionários administrativos, todos eles empregados na empreiteira no Brasil. Encerrado o contrato no país europeu, todos voltarão ao Brasil com seus empregos assegurados. Quem vai definir a remuneração desses empregados da empreiteira e pagá-los, ela ou o governo do país europeu? É óbvio que é a empreiteira.
2 – Os governos do Brasil e de um país africano assinam um acordo para que uma empresa estatal brasileira envie profissionais de seu quadro àquele país para dar assistência técnica a pequenos agricultores. O governo brasileiro será remunerado em dólares pelo governo africano. A estatal brasileira designará alguns de seus funcionários para residir e trabalhar temporariamente no país africano. Quem vai definir a remuneração dos servidores da empresa estatal brasileira e lhes fará o pagamento, a estatal brasileira ou o governo do país africano? É óbvio que é a empresa estatal brasileira.
Por que, então, tem de ser diferente com os médicos cubanos? Eles não estão vindo para o Brasil como pessoas físicas, nem estão desempregados. São servidores públicos do governo de Cuba, trabalham para o Estado e por ele são remunerados. Quando termina a missão no Brasil (ou em qualquer outros dos mais de 60 países em que trabalham), voltam para Cuba e para seus empregos públicos.
Não teria o menor sentido, assim, que esses médicos, formados em Cuba e servidores públicos cubanos, fossem cedidos pelo governo de Cuba para trabalhar no Brasil como se fossem pessoas físicas sendo contratadas. Para isso, eles teriam de deixar seus postos no governo de Cuba. Como não faria sentido que os empregados da empreiteira contratada na Europa ou da estatal contratada na África assinassem contratos e fossem remunerados diretamente pelos governos desses países.  Trata-se de uma prestação de serviços por parte de Cuba, feita, como é natural, por profissionais dos quadros de saúde daquele país.
A outra crítica é quanto à remuneração dos médicos cubanos. Embora menor do que a que receberão os brasileiros e estrangeiros contratados como pessoas físicas, está dentro dos padrões de Cuba e não discrepa substancialmente do que recebem seus colegas que trabalham no arquipélago. É mais, mas não muito mais. Não tem o menor sentido, na realidade cubana, que um médico de seus serviços de saúde, trabalhando em outro país, receba R$ 10 mil mensais. E, embora os críticos não aceitem, há em Cuba uma clara aceitação, pela população, de que os recursos obtidos pela exportação de bens e serviços (entre os quais o turismo e os serviços de educação e saúde) sejam revertidos a todos, e não a uma minoria. O que Cuba ganha com suas exportações de bens e serviços, depois de pagar aos trabalhadores envolvidos, não vai para pessoas físicas, vai para o Estado.  
A possibilidade de ganhar bem mais é que faz com que alguns médicos cubanos prefiram deixar Cuba e trabalhar em outros países como pessoas físicas. É normal que isso aconteça, em Cuba ou em qualquer país (não estamos recebendo portugueses e espanhóis?) e em qualquer atividade (quantos latino-americanos buscam emigrar para países mais desenvolvidos?). Como é normal que muitos dos médicos cubanos aprovem o sistema socialista em que vivem e se disponham a cumprir as “missões internacionalistas” em qualquer parte do mundo, independentemente de qual é o salário. Para eles, a medicina se caracteriza pelo humanismo e pela solidariedade, e não pelo lucro.
É difícil entender isso pelos que aceitam passivamente, aprovam ou se beneficiam da privatização e da mercantilização da medicina e da assistência à saúde no Brasil. 


Comentários

131 comentários em "Entenda por que médicos cubanos não são escravos"
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  1. Antonioni 27.08.2013 às 07:54
    Cuba tem uma área menor que a do Estado de São Paulo. Quer dizer que tiha 4.000 médicos dando sopa por lá? Outra coisa, por que eles não podem trazer suas famílias? Porque Raúl teme a deserção em massa? Por que haveria deserção se lá é a ilha da fantasia?
  2. Napoleão Langendorf Leite 26.08.2013 às 19:32
    Achamos que é bem interessante essas manifestações que existem contra o trabalho dos médicos cubanos, inventaram várias coisas, falta de prepara, revalidação de diplomas, entre outras coisas, agora estão dizendo que os cubanos vão ser escravizados. O interessante nisso tudo, que não dão alternativa, só criticam, porque não esperam primeiro para ver o resultado em vez de procurarem dificultar o trabalho.
  3. Castello 26.08.2013 às 18:01
    Fala-se desta vinda de médicos cubanos tão exaltada, pois os planos de saúde capitalistas e tal... Não teríamos este capitalismo selvagem nos planos de saúde se o governo utiliza-se os impostos para promover a verdadeira saúde ao povo. Mas só existe corrupção em todos os níveis do governo. Dinheiro não falta, mas nossos impostos servem somente para enriquecer nossa realeza, que insiste em dizer que está tudo indo muito bem.Só não vê quem não quer.
  4. Carlos 26.08.2013 às 16:15
    então, de acordo com esse comentário, o Brasil está contratando o governo cubano, não os profissionais?
  5. Janaina Bulhões Miranda 26.08.2013 às 14:15
    O médico cubano é vergonhosamente usado como moeda de troca em negociatas internacionais. E o ministro da Saúde mente sobre o Programa Mais Médicos. Ele havia garantido que primeiramente os medicos brasileiros teriam prioridade. Há 20 dias fiz minha inscrição e aguardo até hoje um retorno do suporte técnico, pois minha senha simplesmente não foi aceita e não pude visualizar a lista de cidades inseridas no Programa. O SUS precisa ser implantado em todos os seus níveis, em todas as cidades, mas a responsabilidade de fazer a coisa funcionar está sendo covardemente empilhada nas costas dos médicos, quando são os secretários de saúde e os ministros que têm a obrigação de fazer o sistema rodar.
  6. Artur 26.08.2013 às 13:00
    1 – Uma empreiteira brasileira é contratada por um governo de país europeu para uma obra. Essa empreiteira vai receber euros por esse trabalho e levar àquele país, por tempo determinado, alguns engenheiros, geólogos, operários especializados e funcionários administrativos, todos eles empregados na empreiteira no Brasil. Encerrado o contrato no país europeu, todos voltarão ao Brasil com seus empregos assegurados. Quem vai definir a remuneração desses empregados da empreiteira e pagá-los, ela ou o governo do país europeu? É óbvio que é a empreiteira." Errado, a empreiteira tem que se adequar às leis trabalhistas do país europeu. Portanto se o funcionário ganha 700 reais no Brasil mas na França, por exemplo, o SM é de 2000 Euros o cara terá que ganhar 2000 Euros e, frisa-se, terá que ganhar em Euros e não em reais, visto que a moeda do local é Euro. "2 – Os governos do Brasil e de um país africano assinam um acordo para que uma empresa estatal brasileira envie profissionais de seu quadro àquele país para dar assistência técnica a pequenos agricultores. O governo brasileiro será remunerado em dólares pelo governo africano. A estatal brasileira designará alguns de seus funcionários para residir e trabalhar temporariamente no país africano. Quem vai definir a remuneração dos servidores da empresa estatal brasileira e lhes fará o pagamento, a estatal brasileira ou o governo do país africano? É óbvio que é a empresa estatal brasileira." Novamente errado. a) Supondo que o governo brasileiro cobre para dar um ciclo de palestras de profissionais brasileiros, esses irão com seus passaportes e darão as palestras normalmente desde que não se infrinja nenhuma lei do país em questão. b) O governo africano quer profissionais brasileiros para ficar a disposição deles para serem enviados para os locais onde esses julgam mais interessante. Ele então abre um edital, contrata os brasileiros e não o governo brasileiro. Cidadãos, ainda que não há o que se falar em cidadão em um local onde não há democracia, não são mercadorias que podem ser vendidas ou alugadas. "A outra crítica é quanto à remuneração dos médicos cubanos. Embora menor do que a que receberão os brasileiros e estrangeiros contratados como pessoas físicas, está dentro dos padrões de Cuba e não discrepa substancialmente do que recebem seus colegas que trabalham no arquipélago. É mais, mas não muito mais. Não tem o menor sentido, na realidade cubana, que um médico de seus serviços de saúde, trabalhando em outro país, receba R$ 10 mil mensais." Eles não trabalham em Cuba, trabalham no Brasil, devem seguir às leis brasileiras, completamente sem sentido a arJUMENTAção. "E, embora os críticos não aceitem, há em Cuba uma clara aceitação, pela população, de que os recursos obtidos pela exportação de bens e serviços (entre os quais o turismo e os serviços de educação e saúde) sejam revertidos a todos" É mesmo? Quando que isso foi votado? Plebiscito? E, ainda que fosse o caso: a) Novamente não mudaria nada o que acham os cubanos (não se pode falar em cidadãos visto que cidadania é condição daquele que tem direitos políticos), eles estão no Brasil. b) Ainda que tivesse ocorrido um plebiscito isso se chamaria ditadura da maioria, quando uma maioria decide "democraticamente" o que uma minoria deve fazer. c) Dizer que há uma aceitação sem uma eleição, plebiscito, referendo é algo risível e é necessário se despir de qquer senso do ridículo para afirmar tal coisa.
  7. Juan 26.08.2013 às 11:22
    Só quero chamar a atenção ao primeiro parágrafo do texto, onde se fala em "dialetos africanos". os africanos falam LÍNGUAS, não dialetos. Se referir às línguas africanas como "dialetos" reflete uma visão eurocentrista, colonialista (para não usar outra palavra...), que não é sustentada por estudos linguísticos. O zulu e tanto um dialeto do bantu quanto o português é um dialeto do latim.
  8. Marco Lisboa 26.08.2013 às 11:06
    Leiam mais o Granma, órgão oficial do PCC (partido comunista cubano). Cuba experimenta epidemias de dengue e de cólera. A excelência da medicina preventiva cubana é um mito. Saúde e educação, que por muito tempo foram os maiores êxitos do regime estão em plena degradação. Assim como o esporte. Leiam os jornais para saberem como foi decepcionante o desempenho dos cubanos em Moscou. E, como é costumeiro, um velocista desertou.
  9. Marco Lisboa 26.08.2013 às 11:01
    Quando os médicos cubanos começarem a desertar e a dar entrevistas em Miami, como fizeram os coitados que foram para a Venezuela, essa questão será colocada em sua verdadeira dimensão. É corriqueiro que cubanos desertem no exterior. Uma atleta acabou de fazê-lo, em Moscou. Todo futuro desertor irá jurar de pé juntos que veio por ideal e não por dinheiro. Faz parte. Nem os próprios cubanos acreditam nisso, tanto que mandam os agentes do G2 junto com toda delegação. E mesmo assim, os mais espertos se mandam.

  10. Marco Lisboa 26.08.2013 às 10:54
    Perguntas simples: quando ganharão os médicos cubanos, ou isso não é da conta do governo brasileiro? Quando o estado contrata empresas terceirizadas ele se obriga a fiscalizar as condições de trabalho, sob pena de ser responsabilizado por eventuais irregularidades. Os cubanos terão seu passaporte retido? Por quem? pelas autoridades brasileiras? Caso contrário, poderão exercer o direito de ir e vir? Fazer compras no Paraguai, por exemplo, como os argentinos, portugueses e outros médicos? Se não, o Brasil será solidário com essa restrição aos direitos fundamentais? Se solicitarem asilo, serão devolvidos? Se tiverem filhos com brasileiras, terão o mesmo tratamento que Ronald Biggs, ou nem isso? É legal que o exercício de uma profissão, regulada por lei seja ultrapassado por uma MP? é legal que alguém receba menos que o salário mínimo vigente no país ou menos do que o piso legal estabelecido para a profissão? E para simplificar, isso aqui é Brasil ou a grande Cuba? Valem as nossas leis e a nossa constituição, ou os cubanos vão viver aqui como se estivessem em sua terra, vigiados pelo serviço secreto cubano, que certamente mandou seus agentes entre os médicos? Nós vamos nos prestar a isso?

    Leia mais :
    http://www.brasil247.com/pt/247/saudeebemestar/112780/Entenda-por-que-médicos-cubanos-não-são-escravos.htm
     
  11.  
    'Xenofobia' 28/08/2013

    Ministro lamenta postura de médicos manifestantes contra estrangeiros

    "Foram atitudes truculentas, incitaram o preconceito e a xenofobia", disse o ministro da Saúde Alexandre Padilha, sobre protesto em Fortaleza. Governo pode acionar Polícia para garantir a segurança dos médicos estrangeiros
    notícia 36 comentários
    Bruno de Castro brunobrito@opovo.com.br
    THIARA NOGUEIRA/ ESPECIAL PARA O POVO
    Em entrevista coletiva ontem, Odorico Monteiro afirmou que a manifestação da última segunda foi demonstração de "truculência, violência, agressividade, xenofobia, preconceito e racismo"
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    O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lamentou a postura de cerca de 50 médicos de Fortaleza que, na noite da última segunda-feira (26), hostilizaram médicos estrangeiros do programa Mais Médicos, que saíam de um curso na Escola de Saúde Pública do Ceará. “Foram atitudes truculentas, incitaram o preconceito e a xenofobia”, disse Padilha. “Eles (os médicos de Fortaleza) participaram de um verdadeiro corredor polonês da xenofobia, atacando médicos que vieram de outros países para atender a população apenas naqueles municípios onde nenhum profissional quis fazer atendimento”, disse Padilha.

    Em entrevista coletiva ontem, o secretário de gestão estratégica e participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro, também criticou o protesto do Sindicato dos Médicos do Estado (Simec) contra a vinda dos profissionais sem submissão ao Exame Nacional de Revalidação de Diplomas (Revalida). Conforme ele, o ato foi uma demonstração clara de “truculência, violência, agressividade, xenofobia, preconceito e racismo”, pois os manifestantes tacharam os médicos de “escravos” e “incompetentes”, além de terem gritado: “voltem pra senzala”.

    O secretário apoiou a nota emitida pelos conselhos Estadual e Municipal de Saúde em repúdio ao protesto. Até a tarde de ontem, o documento havia sido subscrito por 20 entidades, algumas de defesa dos direitos humanos. “Esses médicos foram agredidos. É necessária uma retratação do sindicato, que incitou médicos a praticar violência. A manifestação deve acontecer. O que repudiamos é a truculência. Eu mesmo fui vítima de empurrões, tapas e de um ovo”, denunciou, recusando-se a informar se registrou Boletim de Ocorrência, se foi ou seria submetido a exame de corpo de delito ou se pretende registrar queixa contra o Simec.

    Segurança dos médicos

    De acordo com Odorico, as cúpulas das polícias federal e estadual e da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS) já estão articuladas para possíveis intervenções. “Cabe ao governo brasileiro garantir a defesa e proteção dos profissionais. Essa proteção vai ser garantida”, disse.

    O secretário estadual da Saúde, Arruda Bastos, também criticou o protesto. “Foi lamentável. Foi um dia negro para as entidades que estavam aqui se manifestando. Não podemos aceitar grosserias e injúrias. Fazemos um apelo para que as entidades respeitem os médicos. Esses médicos vieram atendendo a um pedido do governo brasileiro. Não justifica nenhum ato como o que aconteceu”.

    Presidente do Conselho Estadual, João Marques classificou o episódio como “fato isolado” e que não representa o Mais Médicos no resto do País. Mas ponderou: “é triste ver uma categoria de extrema importância entrar no processo dessa forma. O que está em jogo é a sobrevivência do sistema de saúde”. (com Agência Estado)

    Serviço
    Assembleia do Sindicato dos Médicos para debater os rumos do movimento contra o “Mais Médicos”
    Quando: hoje, às 19 horasOnde: Conselho Regional de Medicina do Ceará (rua Floriano Peixoto, 2021, bairro José Bonifácio, Fortaleza)

    Multimídia

    A chegada dos médicos estrangeiros e a segurança deles no Ceará é o Tema do Dia na cobertura de hoje dos veículos do Grupo de Comunicação O POVO. Confira:

    Para escutar: Na rádio O POVO/CBN (FM 95,5), o tema será discutido no programa Grande Jornal, às 9 horas, e/ou no programa Revista O POVO/CBN, às 15 horas. Na rádio Globo/O POVO (AM 1010), o tema será discutido no programa Manhã da Globo, às 10 horas.

    Para ver: A TV O POVO trará uma matéria sobre o tema no O POVO Notícias, às 18h30min. Assista à programação pelo canal 48 (UHF e TV Show) e 23 (Net).

    Fala, internauta

    “Uma coisa é ser contra o programa mais médicos, que no caso é ser contra o Governo... Outra é hostilizar os profissionais, que a meu ver, estudaram uma medicina de ponta, que já foi considerada a melhor do mundo”.
    Leandro Henrique“Tive vergonha de ser cearense, ontem! Esses mal educados serão péssimos profissionais no futuro, pois lhe faltam o principal: respeito com o outro e principalmente com colegas estrangeiros”.
    Claudio Jucá A. Garcia
    “Não condeno os médicos cubanos. Se eu fosse médico em Cuba também iria querer vir para cá. Qualquer condição brasileira seria melhor que a de uma ditadura totalitária decadente”. Bruno Coutinho
  12.  
     Comparem essas duas fotos. A primeira foi tirada em Little Rock, Estados Unidos, 1957, e mostra a estudante Elizabeth Eckford chegando para o seu primeiro dia de aula numa escola sem separação racial. Precisou de reforço policial para conseguir entrar.

    A segunda foto foi tirada em Fortaleza, ontem (26/08/2013) quando médicos brasileiros brancos e bem nascidos fizeram um corredor para vaiar seus colegas cubanos, muitos deles negros, que vieram ao país contratados para atuar em cidades pequenas do interior para os quais os brasileiros não querem ir.

    Eu acho que as imagens falam por si.

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