quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Especial Icó 166 anos: Conheça mais da vida do espírita icoense Vianna de Carvalho


Posted by Yuri Guedes on 01:49 in cearense, Especial Icó 166 anos, homenagem, Icó |

Um exemplo de pessoa de coragem e de luta ao levar ao conhecimento do Brasil sobre o espiritismo. Em escala de importância, atrás apenas de Chico Xavier e de Bezerra de Menezes, no qual este icoense doi admirador e seguidor do seu trabalho.

A importância de seu trabalho foi tanta, que rendeu um livro em sua homengem (Vianna de Carvalho: O Tribuno de Icó), além de ter seu nome associado a trabalhos e centros espíritas (centro Espírita e Creche Vianna de carvalho, na cidade de Balneário Camboriú-SC e Centro Espírita Vianna de Carvalho, em Tabatinga-AM ).

Conheça a história desse importante filho de Icó para o espiritismo no Brasil, através de uma reportagem que o Jornal Diário do Nordeste fez:

"Há 130 anos, nascia Vianna de Carvalho. Cearense, Vianna foi um dos mais intrépidos propagandistas do Espiritismo no Brasil. Admirador de Bezerra de Menezes, em 1895 transferiu-se para o Rio de Janeiro, ao Centro da União Espírita de Propaganda do Brasil, a mesma associação espírita da qual fazia parte o “Médico dos Pobres”.

Mas, quem foi Vianna de Carvalho? Será que os espíritas de sua terra têm noção da importância do seu trabalho na disseminação e afirmação da mensagem espírita por estas plagas?

Como estudioso da História do Espiritismo em nosso Estado, afirmo, sem o receio de cometer injustiça, que Vianna de Carvalho foi o mais importante personagem do Movimento. Possuidor de uma coragem indômita, arrostou preconceitos de todo jaez para que a mensagem espírita fosse difundida.

HISTÓRIA: Manoel Vianna de Carvalho nasceu na cidade Icó, Ceará, a 10 de dezembro de 1874. Em Fortaleza, estudou no Liceu do Ceará. Em 1891, matriculou-se na Escola Militar do Ceará, onde se destacaria pela inteligência. Nesse mesmo ano, juntamente com outros cadetes, conheceu o Espiritismo, organizando na própria escola um grupo de estudos doutrinários.

Em 1894, avultou como poeta participando da fundação do Centro Literário, agremiação dissidente da célebre Padaria Espiritual. No ano de 1895, transferiu-se para o Rio de Janeiro, matriculando-se no Curso Superior da antiga Escola Militar da Praia Vermelha. Passou a freqüentar a “União Espírita de Propaganda do Brasil”.

Ali, Vianna de Carvalho, o mais jovem e o mais ardoroso dos trabalhadores do grupo, ocupava a tribuna, quase todas as noites, perante compacto auditório.

Em 1896 foi transferido para a Escola Militar de Porto Alegre. Procurou, então, alguns confrades e numa casa abandonada, desprovida de mesas e cadeiras, dentro de um terreno baldio no Bairro do Parthenon, começou a divulgar o Espiritismo. Em seguida, fundou um núcleo de estudos.

Ainda em 1896, regressou ao Rio de Janeiro, retomando os trabalhos na “União Espírita de Propaganda do Brasil”, passando a ser requisitado, por causa de suas fenomenais conferências, para todo o Distrito Federal, na época o Estado do Rio.

No ano de 1898, de novo em Porto Alegre, publicou a sua primeira obra literária, intitulada “Facetas”, prefaciada pela poetisa Carmem Dolores, pseudônimo da escritora Emília Bandeira de Melo. O livro mereceu os melhores elogios da crítica. Posteriormente publicou “Coloridos e Modulações”, também muito bem recebido pela Imprensa e pelos homens de letras.


EXÉRCITO - Em 1905, foi transferido para o 8.º Batalhão de Infantaria, em Cuiabá. Naquela cidade fundou o Centro Espírita Cuiabano, em 1906, dotando-o do necessário ao seu bom funcionamento. Em 1907, retornou ao Rio de Janeiro a fim de se matricular no Curso de Engenharia da Escola Militar do Realengo.

Dessa vez realizou uma série de conferências na Federação Espírita Brasileira e no auditório da antiga Associação dos Empregados do Comércio, com platéias cada vez maiores. Foi convidado para conferências em São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e em todo o Estado do Rio de Janeiro.

Em 1910, concluiu o Curso de Engenharia Militar, embarcando para Fortaleza em abril desse mesmo ano.

O Espiritismo no Ceará floresceu na última década do Século XIX, em Fortaleza, quando foi fundado pelo carioca Luiz de França de Almeida e Sá, o Grupo Espírita “Fé e Caridade”. Na virada do século, surgiram mais dois grupos na cidade de Maranguape, o “Verdade e Luz” - que chegou a editar, em 1901, o jornal “Luz e Fé” - e o “Caridade e Luz”, organizado em agosto de 1902.

O grande ímpeto da Doutrina dos Espíritos no Ceará só ocorreu, efetivamente, a partir de 1910, com a chegada de Vianna. Sua estada em Fortaleza, de maio daquele ano até novembro de 1911, foi pródiga de realizações.

Em seguida, promoveu o estudo sistemático de “O Livro dos Espíritos”, efetuando semanalmente conferências nos salões das lojas maçônicas “Amor e Caridade”, “Igualdade” e “Liberdade”.

As conferências tiveram repercussão extraordinária, motivando imediata reação de líderes católicos, os quais, através dos jornais “Cruzeiro do Norte” e “O Bandeirante”, combateram o Espiritismo e seu fiel arauto. Essa campanha insidiosa, em vez de prejudicar, aumentou grandemente o interesse pela doutrina criticada.


FUNDAÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA CEARENSE - Entretanto, o corolário do profícuo labor desse filho de Icó, foi a fundação, em junho de 1910, do Centro Espírita Cearense (CEC). A partir de Fortaleza, Vianna de Carvalho sofreria intensa perseguição de influentes membros da Igreja, que passaram a pleitear, junto às autoridades militares, sua transferência. Assim, em novembro de 1911, depois de um ano e seis meses de serviços prestados à Causa, partiu para a Capital Federal.

Em outubro de 1923, regressou a Fortaleza como Chefe interino do Estado Maior da 7ª Região Militar. Aproveitou a oportunidade para rever amigos e realizar conferências no CEC, que então já possuía sede própria, e na Loja Liberdade.

No entanto, sua permanência foi somente de poucos dias. No dia 10 de abril de 1924, voltou, desta feita para assumir as funções de fiscal do 23º Batalhão de Caçadores. Ele permaneceria em Fortaleza até 11 de setembro de 1924. No Rio de Janeiro fundou a “União Espírita Suburbana”.

Foi ele quem, em 1924, levantou a campanha para evangelização das crianças nos centros espíritas, sugerindo a criação das Aulas de Moral Cristã. Em 1926, quando servia em Aracaju, adoeceu gravemente, vitimado por um tipo grave de beribéri.

Diante da gravidade do seu estado de saúde, os médicos resolveram encaminhá-lo para o Hospital de São Sebastião, em Salvador. Às 6h30min da manhã, do dia 13 de outubro de 1926 faleceu, aos 51 anos.
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